segunda-feira, 17 de maio de 2010

Medicina na Época Moderna

A época moderna foi um período de grande evolução da medicina. Desde técnicas medicinais, medicamentos e instrumentos, tudo sofreu um grande avanço. Iremos agora citar os principais iventos e descobertas:

- Antibióticos: Descobertos por Alexandre Flemming,em 1928, nomeadamente a penicilina que foi utlizada para fazer antibióticos.



- Vacinas: Foi usada pela primeira vez por Edward Jenner, em 1796, a vacina contra a varíola.




- Anestesia: O dentista Thomas Green Morton, em 1846, usou pela primeira vez éter como anestesia.




- Transplantes: A transfusão de sangue e o transplantes de órgãos, como os rins, córneas, pele, ossos, medula, coração e fígado, tornaram-se possíveis a partir das descobertas do cientista americano Alexis Carrel, nos anos 20s, que descobriu como manter tecidos vivos fora do corpo, por cirurgiões que desenvolveram as técnicas cirúrgicas e pós-cirúrgicas, como o Dr. John Murray, da Universidade Harvard (transplantes de rim) e o famoso Dr. Christiaan Barnard, que fez o primeiro transplante cardíaco na África do Sul, em dezembro de 1967. O futuro dos transplantes reside nas técnicas homólogas, utilizando a engenharia genética para fabricar cópias perfeitas dos nossos próprios órgãos, a partir de células-tronco (células embrionárias precursoras de todos os tecidos).



- Microscópio: A partir de Antonie van Leeuwenhoek, o cientista holandês que notabilizou o uso do microscópio, no século XVII, tornou-se a ferramenta básica da pesquisa médica, sendo usado por grandes nomes como Pasteur, Koch, Virchow, e muitos outros. Depois do microscópio óptico, surgiram na segunda metade do século XX outras invenções muito importantes, como o microscópio eletrônico, o microscópio de varredura, e o microscópio de forças atômicas.




- . Radiografia: uma das mais espetaculares e influentes invenções, o aparelho de radiografia, pelo físico alemão Wilhelm Röntgen, em 1895, revolucionou a medicina ao permitir que os médicos obtivessem imagens não invasivas do corpo dos pacientes.





- TAC: entre as grandes invenções médicas, esta é a única feita pela engenharia, e também teve um impacto significativo sobre a medicina moderna. Em 1968, os engenheiros Godfrey Hounsfield e Allan Cormack, descobriram que podiam obter imagens de raios-x na forma de "fatias" transversais do corpo humano, com alta resolução. Ganharam o prêmio Nobel por esse feito, que exige o auxílio de um computador e complexas técnicas matemáticas. Outras formas de tomografia foram posteriormente desenvolvidas, aumentando o arsenal de sofisticadas técnicas de imagens anatômicas e funcionais à disposição do diagnóstico: em 1971, Raymond Damadian desenvolveu a tomografia de ressonância nuclear magnética (MRI) e em 1978, Louis Sokoloff inventou o tomógrafo de emissão positrônica (PET). Os aparelhos de ultrassom também foram um grande progresso na área de imagens médicas não invasivas neste século.





- Pílula: A pílula foi desenvolvida por dois médicos americanos entre 1950 e 1955, Gregory Pincus e Carl Djerassi, incentivados pela feminista e ativista social Margaret Sanger (que inventou o termo "controle do nascimento") e Katharine McCormick, uma rica herdeira industrial, que financiou a pesquisa que levou, dentro de uma década à comercialização do primeiro anticoncepcional oral. Chamava-se Enovid e foi colocada no mercado em 1961, pela Searle.

sábado, 20 de março de 2010

Apresentamos agora um questionário realizado pelo nosso grupo aos alunos do Ensino Secundário.

Respostas correctas: 1-B ; 2-A ; 3-D ; 4-B; 5-A ; 6-A ; 7-C ; 8-C




O objectivo deste questionário foi testar os conhecimentos dos alunos do Ensino Secundário do Colégio acerca deste tema relevante que é a Medicina e realizar um estudo estatístico.

Resultados 10º ano :






Resultados 11º ano:





Resultados 12º ano:


quarta-feira, 10 de março de 2010

Medicina no Renascimento

Na era do Renascimento, surgiu novamente o interesse pelas artes e ciências na Europa, o que conduziu a importantes progressos na medicina. Muitos médicos desta época estudaram e colocaram em causa os conhecimentos e descobertas da Antiguidade (Grécia Antiga e Egipto), havendo a divulgação e formulação de informação nova e rigorosa. O Renascimento constituiu uma época de fulcrais descobertas, em que a visão acerca da Medicina mudou completamente. Os médicos passaram a analisar a medicina e os tratamentos medicinais de um modo mais objectivo, não atribuindo tanta importância a causas sobrenaturais, como espíritos malignos e demónios, o que acontecia com os métodos medicinais utilizados anteriormente. Foram realizadas diversas pesquisas, tanto a nível anatómico como a nível cirúrgico, principalmente devido a análise de corpos em campos de batalha. Novos tratamentos foram desenvolvidos em pleno campo de batalha, visto que médicos começaram a fazer medicamentos naturais para ajudar pessoas com ferimentos de guerra. Além disso, os feridos de guerra permitiram aos médicos renascentistas fazer cirurgias e analisar o corpo humano de uma forma mais profunda.





Foi possível a dissecação de cadáveres, amputações, fazer membros artificiais e adoptar curativos à base de plantas medicinais e substâncias naturais. Todos estes tratamentos na época renascentista permitiram um melhor conhecimento da anatomia humana e de alguns processos que regulam o funcionamento do corpo humano, havendo uma nova abordagem da medicina.

Medicina a Época Medieval

Entre o século V e XI pode falar-se de uma Medicina Monástica, em que os Mosteiros e Ordens religiosas assumem grande relevância.
Os Mosteiros eram o centro, por excelência, para o estudo e prática médica pois continham Jardins Botânicos de grande valor médico - farmacêutico, possuíam instalações onde realizavam assistência aos pobres e doentes que funcionavam como verdadeiras enfermarias. Simultaneamente, congregavam o conhecimento teórico em vastas bibliotecas, como também, concentravam os eruditos capazes de ler, interpretar os textos de autores antigos (que mencionavam as doenças e terapêuticas) e transcreve-los.
Os Teólogos explicavam as doenças como forma de castigo ou teste à Fé. Dividiram a medicina em duas partes: Medicina Religiosa (preocupada com «as coisas celestiais») e Medicina Humana (assente em «coisas terrenas»). A Medicina Religiosa englobava rezas, penitências, exorcismo e encantamentos. Em oposição, a Medicina Humana estava relacionada com os métodos empíricos como as sangrias (muitos utilizadas nas Idade Média), dietas, drogas e cirurgias.
As Universidades médicas surgem durante o século XII. Contudo, o acesso ao ensino médico universitário estava limitado aos estratos sociais mais elevados, tendo sido frequentado por uma pequena fracção de praticantes médicos.
Os textos médicos disponíveis nas Universidades incluíam textos de vários autores que foram traduzidos de manuscritos Gregos, Árabes e colecções em Latim.
Apesar do aumento de universidades, a aprendizagem médica estava firmemente associada à Igreja e aos Mosteiros. De facto, a Igreja torrou-se (quisesse ou não) a depositária do saber médico da época, o que ligou a fé à medicina durante vários séculos.




Na idade média houve uma tendência para separar a medicina da cirurgia, diminuindo o estatuto do cirurgião (que era visto como mero executante).
Em geral, os procedimentos cirúrgicos baseavam-se em amputar e cortar (redução de fracturas, deslocações, feridas, drenagem de abcessos, etc.).
Ocorreram avanços consideráveis no tratamento de doenças oculares, nomeadamente operações às cataratas e democratização no uso próteses oculares.
No final da Idade Média os cirurgiões dividiam-se em dois grupos: os que recebiam uma formação mais elevada e os que se identificavam com os barbeiros. As funções de barbeiros incluíam o cuidado do cabelo e barba, mas também arrancavam dentes e faziam operações menores.





As substâncias vegetais eram a base da generalidade dos medicamentos, tais como laxantes, anti-eméticos, diuréticos, etc. .
Distinguiam-se os médicos dos botânicos. Os primeiros examinavam os doentes, diagnosticavam e faziam a prescrição, enquanto os botânicos eram responsáveis por colher, armazenar as plantas e todo o processo de transformação da planta em medicamento.

Medicina na Grecia antiga e na Roma antiga

Relativamente à Medicina Grega e Romana optamos por realizar uma apresentação Power Point. Para visualizarem, verifiquem no link abaixo apresentado.

http://www.authorstream.com/Presentation/aSGuest40197-345041-medicina-na-grecia-antiga-roma-anti-apresenta-education-ppt-powerpoint

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Medicina Árabe




Quando os árabes destruíram o império romano e a medicina entrou em declínio, os doentes da Europa Ocidental, voltaram a colocar-se nas mãos da religião e da magia. Os ensinamentos de Galeno e dos antigos gregos sobreviveram apenas porque tinham chegado à Pérsia, onde os eruditos árabes os traduziam para a sua língua. Quando a nova religião, os islamismo, se espalhou rapidamente pelo Médio Oriente , pelo Norte de África e pela Europa, a medicina floresceu, baseada no modelo greco-romano. Nas cidades mais importantes fundaram-se hospitais e escolas de medicina que ofereciam tratamentos novos e métodos cirúrgicos avançados. No sec. XII, os conhecimentos médicos da antiguidade preservados e desenvolvidos pelos árabes regressam a Europa através da Espanha e da Itália.
As preparações dos remédios medicinais eram realizadas por médicos e farmacêuticos. Os médicos recebiam a sua formação na sua madrasah (escola) associada e uma mesquita ou um hospital.

Medicina Tradicional Chinesa

A Medicina Tradicional Chinesa é a denominação usualmente dada ao conjunto de práticas de Medicina Tradicional em uso na China, desenvolvidas ao longo dos milhares de anos da sua história.
A Medicina Chinesa originou-se ao longo do Rio Amarelo, tendo formado a sua estrutura académica há muito tempo. Ao longo dos séculos, passou por muitas inovações em diferentes dinastias, tendo formado muitos médicos famosos e diferentes escolas. É considerada uma das mais antigas formas de Medicina Oriental.




A Medicina Chinesa fundamenta-se numa estrutura teórica sistemática e abrangente, de natureza filosófica. Tendo como base o reconhecimento das leis fundamentais que governam o funcionamento do organismo humano, e sua interacção com o ambiente segundo os ciclos da natureza, procura aplicar esta abordagem tanto ao tratamento das doenças quanto á manutenção da saúde através de diversos métodos. Inscrições em ossos e carapaças de tartarugas das dinastias Yin e Shang, há 3.000 anos evidenciam registos medicinais, sanitários e uma dezena de doenças. Segundo registos da dinastia Zhou existiam métodos de diagnósticos tais como: a observação facial, a audição da voz, questionamento sobre eventuais sintomas, tomada dos pulsos para observação dos Zang-fu (órgãos e vísceras), assim como indicações para tratamentos terapêuticos como a acupunctura ou cirurgias. Já por essas épocas incluía nos seus princípios o estudo do Yin-Yang, a teoria dos cinco elementos e do sistema de circulação da energia pelos Meridianos do corpo humano, princípios esses que foram refinados através dos séculos seguintes. Nas dinastias Qin e Han haviam sido publicadas obras como “Cânone da Medicina Interna do Imperador Amarelo” (Huangdineijing) considerada actualmente como a obra de referência da medicina chinesa.




Existem muitas obras médicas clássicas famosas que nos chegaram do passado: “Cânone sobre Doenças Complicadas”, “Sobre diversas doenças e a febre Tifóide”, “Sobre a Patologia de Distintas Doenças”, etc. O “código das Fontes Medicinas do Agricultor Divino” é a mais famosa e antiga obra sobre fármacos na China. Uma delas destaca-se pela sua importância o “Compêndio das Fontes Medicinais”, em 30 volumes escrita por Li Shizhen, da dinastia Ming, é a mais importante na história da China, e obra de referência a nível mundial na área da fitoterapia.
A acupunctura conhece reformas importantes na dinastia Song (960 a.C – 1279 a.C) impulsionadas principalmente pelo médico Wang Weiyi que publicou “Acupunctura e os pontos do Corpo Humano”. Moldando duas estátuas em bronze do corpo humano a fim de ensinar aos seus alunos as técnicas da acupunctura, acelerando assim o seu desenvolvimento. No século XX, Mao Tze Tung, oficializou o ensino da Medicina Chinesa a nível universitário e a sua divulgação por toda a china, criando-se muitas universidades e hospitais para a prática da medicina chinesa, considerada na altura um recurso valioso e acessível para a saúde publica.

A Medicina Chinesa tem um campo de aplicação muito amplo, porque pratica-se há muitos séculos no maior país do mundo em termo demográfico. Isto confere-lhe uma experiência única, primeiro, empírica e depois científica. Finalmente, a Medicina Chinesa é um sistema completo e não uma simples técnica médica de aplicações limitadas, pois o campo da Medicina Chinesa é extremamente amplo: da farmacopeia á acupunctura, da dietética á cirurgia popular, das massagens á ginecologia, da medicina interna aos métodos de reanimação. De facto encontram-se praticamente as mesmas especialidades que na Medicina Ocidental, não obstante, numa compartimentação menos restrita e limitada devido à sua abordagem mais global da enfermidade e das suas causas. Isto permite afirmar que a Medicina Chinesa, como a Medicina Ocidental, possui uma experiência de um estatuto oficial, e ao mesmo tempo, uma abordagem mais humanista e mais global do ser humano, da saúde e da enfermidade.